Cepal reduz projeção para o crescimento da economia brasileira neste ano

A economia brasileira ressente-se da crise mundial
A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) reduziu a projeção para o crescimento da economia brasileira e da região este ano. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, caiu de 2,3% para 1,4%. Para a América Latina e Caribe, a projeção passou de 2,7% para 2,2%. Segundo aCepal, a revisão para baixo na projeção de crescimento ocorreu devido à debilidade da
demanda externa da região, ao baixo dinamismo da demanda interna, ao investimento insuficiente e ao limitado espaço para a implementação de políticas que impulsionem a reativação da economia.
O Relatório Estudo Econômico da América Latina e do Caribe 2014 indica que a desaceleração econômica observada no último trimestre de 2013 manteve-se nos primeiros meses de 2014, o que fará com que a região apresente um crescimento inferior ao do ano passado, 2,5%. Entretanto, aponta que uma possível melhora no desempenho de algumas das principais economias do mundo poderá permitir mudança nessa tendência para o final de 2014. De acordo com a análise da Cepal, a retomada do crescimento econômico dos Estados Unidos beneficiará o México e os países da América Central, enquanto a recuperação do Reino Unido e de várias economias da zona do euro terá um impacto positivo, em especial no Caribe, devido ao maior fluxo de turistas.
O menor crescimento da China previsto para 2014 é o principal risco, ressalta o relatório. As economias da região mais especializadas na exportação de matérias-primas destinadas a esse país poderão ser afetadas se a economia chinesa não conseguir manter seu crescimento acima de 7%. Na região, o crescimento em 2014 será encabeçado pelo Panamá, com uma elevação em seu Produto Interno Bruto (PIB) de 6,7%. Em seguida, a Bolívia (5,5%), a Colômbia, a República Dominicana, o Equador e a Nicarágua, com expansões de 5%. Na Argentina, o PIB crescerá apenas 0,2% e na Venezuela haverá retração de 0,5%.
Mais falências
Em linha com as previsões mais pessimistas, os pedidos de falências no Brasil aumentaram 23,7% em julho ante junho, para 141 requerimentos, segundo dados da consultoria Serasa Experian divulgados nesta segunda-feira. Na comparação com julho do ano passado, houve alta de 3,7%. Economistas da Serasa afirmaram que o início do segundo semestre foi marcado por “dificuldades impostas pela atual conjuntura econômica adversa – juros altos, estagnação da economia e elevações de custos — sobre a saúde financeira das empresas”.
Os economistas acrescentaram que, devido ao acúmulo de feriados e dias paralisados em junho por conta da primeira fase da Copa do Mundo, a base de comparação mensal foi fraca, o que resultou em um crescimento mais acelerado dos pedidos de falência em julho. De acordo com o levantamento da Serasa Experian, o número de falências decretadas também cresceu em julho, para 63, ante 48 em junho. Na comparação anual, porém, o número representou queda ante as 69 falências decretadas em julho do ano passado.
Ainda segundo a Serasa, em julho, 62 empresas pediram recuperação judicial, queda de 10,1% ante junho, quando foram realizadas 69 solicitações. As micro e pequenas empresas também lideraram os requerimentos de recuperação judicial com 33 pedidos, seguidos pelas médias, com 20, e pelas grandes, com nove.



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