Confiança da indústria tem 1ª alta no ano, mas ainda gera cautela

Confiança da indústria
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) brasileira subiu 1,8% em outubro sobre setembro, primeiro resultado positivo do ano devido à melhora das expectativas, mas ainda insuficiente para mostrar que está havendo recuperação mais consistente.
O indicador subiu a 82,6 pontos neste mês, contra 81,1 pontos em setembro, quando havia atingido o menor patamar desde março de 2009, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quarta-feira.

- O setor industrial inicia o quarto trimestre de 2014 em ritmo lento e com perspectivas pouco animadoras para os meses seguintes. A diminuição do pessimismo no horizonte de seis meses deve ser tomada com alguma cautela, considerando-se a intensidade da piora deste indicador no terceiro trimestre – afirmou o superintendente adjunto para ciclos econômicos da FGV/IBRE, Aloisio Campelo Jr, em nota.
O responsável pelo resultado de outubro do ICI foi o Índice de Expectativas (IE), com avanço de 4,9% no período, para 85,9 pontos, maior nível desde maio passado. A principal influência para essa alta veio do quesito que mede as expectativas sobre a situação dos negócios nos seis meses seguintes, com crescimento de 13,1%.
O ICI coletou dados de 1.152 empresas entre os dias 2 e 24 deste mês e mostra que a variação foi influenciada pelo Índice de Expectativas (IE) que teve alta de 4,9%, com 85,9 pontos, o maior desde maio passado. A proporção de empresas que acreditam em melhora dos negócios para daqui a seis meses aumentou de 25,8% para 27,1%. Paralelamente, caiu a parcela de empresas que preveem piora, de 29,9% para 18,6%.
Já o Índice da Situação Atual (ISA) recuou 1,2% em outubro, a 79,3 pontos, menor patamar desde março de 2009, com destaque para o indicador relativo ao nível de estoques, com queda de 2,1%.
A FGV informou ainda que o Nível de Utilização da Capacidade Instalada caiu 1 ponto percentual, para 82,0% em outubro, o menor patamar desde agosto de 2009 (81,2%).
A produção industrial brasileira avançou 0,7% em agosto frente a julho, último dado disponibilizado pelo IBGE, mas ainda mostrava contração no ano em meio ao cenário de atividade econômica fraca.
Pesquisa Focus do Banco Central com economistas de instituições financeiras mostra que a expectativa é de que a indústria vai encolher 2,24% neste ano, quando o Produto Interno Bruto (PIB) deve avançar apenas 0,27%.
A pesquisa também detectou que o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) caiu de 83% para 82%, o mais baixo desde agosto de 2009 (81,2%).



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